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Crônicas de um casamento mal-assombrado

Caros amigos leitores, eu realmente espero que tenham sentido falta dos POSTs do Cueca Apertada, e por isso eu vou lhes explicar os motivos de minha ausência. Tenho certeza que vocês entenderão.

No dia 10 de outubro eu me casei. Sei que não existe casamento perfeito, mas posso dizer que o meu está excelente. Hoje, mais de um mês depois, é realmente fantástica a mudança que ocorre em nossas vidas, e é uma experiência que eu acredito valer a pena.

Porém, meus problemas não aconteceram depois do casamento, mas sim ANTES dele. E é sobre isso que vou falar aqui.

A zica começou mais de um mês antes, com meu carro indo pra retifica, e o financiamento do apartamento emperrando. Quando o financiamento foi finalmente liberado o que acontece? Os bancos entram de greve.

A respeito dos problemas pra conseguir pagar todos os custos da cerimônia eu não preciso comentar. Só uma dica para aqueles que têm intenção de se casarem: Tenham MEDO.

Na semana do casamento mais uma boa notícia: metade do teto da igreja CAIU por causa de uma chuva de granizo. Meu, quando o TETO DA IGREJA CAI você sabe que algo está terrivelmente errado… Claro que era um teto de gesso. Dessa forma, em 4 dias estava tudo refeito. Só que o 4º dia foi a véspera do casamento. Bem na trave.

Eu ganhei uma cama box de presente de um dos padrinhos. Ele depositou o dinheiro na minha conta para que eu pudesse escolher a cama que eu quisesse. Comprei uma de ótima qualidade por um preço excelente, e pedi que entregassem em minha (futura) residência, mas coloquei o endereço da minha avó também, que mora no mesmo condomínio, para que a chamassem para abrir o apartamento, já que o mesmo estaria vazio. E a vendedora entendeu tudo errado. Só colocou o endereço da minha avó. Resultado: os entregadores se recusaram a levar a cama pro meu apartamento – que é 4 andares escada acima. E a box ficou na casa da minha avó mesmo.

Entrei em contato com a vendedora, falei com supervisor, gerente… Mas não adiantou. Eu tive que levar a cama, só com a ajuda de um amigo, os 4 andares, no dia do casamento, faltando menos de 5 horas pra cerimônia.

Eu já tava sentindo vontade de sentar no chão e chorar quando o pessoal da decoração me liga e me fala que, ao tentar mover o púlpito de VIDRO da Igreja (q me foi cedida gentilmente por ser minha avó membro de lá a anos) o bendito simplesmente DESMONTOU! Nessa hora é que eu soube o que é querer chorar!

Chegada a hora, lá fui eu, tentando conter o nervosismo – não pelo casamento, mas pelo púlpito, porque um brinquedinho desses não sai por menos de 2000 dinheiros. Chego lá na igreja uns 15 minutos antes do horário previsto da cerimônia. E descubro q não tem cabo para ligar o notebook (onde estão todas as músicas do casamento) na mesa de som da igreja…

Antes de continuar, quero registrar q fui eu quem pegou TODAS as roupas do casamento, incluindo 6 ternos (meu e da família da noiva), 5 vestidos (da noiva e da família dela) e ainda saí pagando a decoração, fotos, filmagem, levando a noiva pra salão, fazendo compras pra casa, resolvendo coisas da viagem de lua-de-mel… isso tudo entre quarta (casamento civil pela manhã) e sexta véspera do casamento religioso. E o meu patrão ainda achou ruim eu ter tirado os 3 dias do casamento civil!

Prosseguindo então com a cerimônia… foram os padrinhos no Supermercado q fica próximo da igreja e voltaram com o cabo. Isso a noiva já estava a caminho.

Vamos para a mesa de som e descobrimos o que? Compraram o cabo errado! \o/

Beleza… eu não estava nervoso pela noiva nem pelo casamento. Só por causa dos pepinos!

Os padrinhos saíram de novo pra comprar o cabo certo, e eu fui ver o estado do púlpito. Aparentemente o bicho estava solto, e quando foram movê-lo ele se soltou todo. Mas pelo q eu vi na hora nada se quebrou. Conversei com o Pastor que já estava lá e ele disse para eu não me preocupar com aquilo naquela hora, porque eu devia me preocupar só com o casamento, e que ele já tinha quem mexia com isso pra ele.

Tentei ignorar o problema e fui lá fora cumprimentar umas pessoas. Pra ver se me acalmava, sabe? Depois disso tudo, a noiva chegou. Ficou lá fora no carro esperando, mas nada do cabo…

Comecei a ligar desesperadamente para o pessoal querendo saber onde eles estavam. Um tempo depois chegam eles, e desta vez com o cabo certo. Eu já tinha até pedido para eles comprarem uns 2 CDs virgens caso não rolasse o cabo. Mas o cabo deu certo e, com mais de 1 hora de atraso, a cerimônia começou…

Da cerimônia tudo correu bem, dentro dos conformes, exceto por um ou outro deslize da decoração – por exemplo, a escada que levava ao altar estava com o tapete todo extendido, o que quase provocou tombo em várias pessoas. Meu maior medo – da noiva tropeçar e se espatifar no chão – felizmente não aconteceu. A playlist do casamento foi bem ao nosso gosto:

– Música de entrada dos padrinhos: Enya – May It Be (Tema Senhor dos Anéis)
– Música da minha entrada: Stryper – Lady (Glam-Metal)
– Música da saída dos noivos: Encerramento de Star Wars Ep. 4.

Casamento übber-nerd ^^
Mtas pessoas CHORARAM na cerimônia… os nerds e “metaleiros” celebraram…

E ao final da cerimônia eu ganhei mais um presente: diária em um excelente hotel aqui da cidade para passar a noite (porque nós íamos para nossa casa, não tinha sobrado grana). É o tipo de coisa que você não sabe nem como agradecer.

E finalmente, depois de tanta urucubaca, pudemos curtir nossa vida de casados, coisa que fizemos pelos 15 dias subsequentes – já que eu só tirei 15 dias de férias – e agora estamos nos adaptando à vida normal de trabalho e a correria diária, que está bem interessante. Ademais, só o tempo dirá qual será o resultado, mas eu aposto em um bem positivo.

E no próximo POST, voltando com a programação normal, vamos comentar um pouco sobre um caso que atingiu bastante repercussão na mídia nacional e até mesmo internacional: o caso UNIBAN-TALIBAN.

Vida, Morte e o Twitter

Nossa sociedade atual está transmitindo informações cada vez mais rápido, e por meios cada vez mais diversificados. Uma das últimas evoluções na divulgação de notícias é o Twitter, atual estrela da Web 2.0, que conquistou um enorme sucesso dada a sua audiência mundial.

Uma das últimas notícias – a qual tive conhecimento através desta ferramenta – foi sobre a morte do ator Patrick Swayze. Ontem eu fiquei sabendo, pelo Twitter também, do falecimento de um importante consultor e companheiro aqui da empresa. Sua família, num impressionante gesto de delicadeza a todos os seus amigos, postou em seu twitter a triste notícia, convidando a todos para as homenagens póstumas.

Estes são dois exemplos assustadores da importâcia do Twitter na sociedade da informação, em que os jornais de papel e da televisão já não dão conta do recado, e até mesmo os jornais on-line começam a perder o seu dinamismo, ante o poder de fogo de milhões de usuários conectados no mundo todo trocando informações entre si. A informação, hoje em dia, não pode mais ficar estática; agora se um veículo tiver a pretensão de ser relevante ele tem de ir até o cidadão.

Foi-se o tempo em que as pessoas se juntavam ao redor do rádio ou da TV esperando pelo jornal para saber as últimas notícias. O que passar no Jornal Nacional de hoje a noite já será notícia velha para quem está ligado nas notícias dos veículos on-line, principalmente os da Web 2.0 – porque não há como competir com uma massa gigantesca de usuários repassando informações relevantes para quem quiser ler.

E o mais impressionante é que ainda vemos representantes da velha mídia, como a Rede Globo ou a Folha de São Paulo, lutando contra esta evolução natural, ao invés de crescer junto com ela. Será mais uma forma de alienação da sociedade pela mídia, só que mais radical ainda, atingindo até mesmo os membros da própria corporação?

E enquanto isso ocorrer, ainda veremos muitos “Davis” matando os “Golias” da mídia, parados no tempo, ainda tentando vender notícias em réis ou cruzeiros.

|Ξ|Se a era intelectual está perdida…|Ξ|

A cueca verde e amarela aperta a cabeça de muitos cidadãos.

Realidade. Os brasileiros, hoje, estão muito pouco interessados em realidade. Pff. Na verdade, o interesse real está é em fugir dela. E o pior, existe um sistema muito bem estruturado que incentiva essa situação. Mídia e Mercado são fortes aliados que contribuem bastante na alienação da sociedade moderna. É bem verdade que, no Brasil, uma parcela pequena de letrados lê e, desses aí, nem todos – otimista, eu, não? – lêem o que presta. Puxa, é a leitura que traz conhecimento. Logo, traz a consciência de mundo e, sem a consciência de mundo, o mundo sucumbe. O país já lê pouco e os que o fazem se intelectualizam menos ainda. Tsc, tsc.

Não, esses dias para trás, vi em um artigo da Folha de SP o que um ex-BBB disse sobre livros: “Graças a Deus, nunca fui de ler livro“.
Hilário.
O melhor foi a festa que a colunista, Bia Abramo, a dona do artigo, fez com a infeliz afirmação do cara: “O mais revelador é o alívio com que ele se expressa, como a dizer: ‘Graças a Deus não fui amaldiçoado com essa estranhíssima vontade, esse gosto bizarro, esse defeito de caráter’.” Fora a crítica: “O desprestígio do conhecimento letrado é marca funda da sociedade brasileira“.
Quanto a isso ninguém – que tenha um QI de no mínimo dois dígitos – vai discordar. Agora, alguém parou para pensar no por quê?

Alguns afirmam que livros são caros. E é verdade. Os livros bons tem preços bons – se é que me entendem.
Outros, por sua vez, dizem não ter tempo. Mas viver em um mundo capitalista selvagem como esse não é fácil, mesmo. Tempo é virtude de poucos e de crianças – ou nem isso. E alguns, ainda, como esse grande exemplo de SORTE brasileiro, proclamam que o livro não tem serventia. Onde estaria ele se não fosse o BBB?

Todas essas “desculpas” são fruto de uma mesma semente. O preço alto de um bom livro, a falta de tempo para uma boa leitura e a visão torpe do que seria uma ferramenta de integração social são consequências de uma sociedade que vem atrofiando cada vez mais sua capacidade.  Falta ainda muito incentivo para a intelectualização nesse país.

Apesar de existirem leis trabalhistas que limitam a jornada de trabalho do protelariado, o salário vêm se tornando insuficiente cada dia mais. A sociedade, opressora, impõe o consumismo e a acumulação de capitais como um conceito de HONRA atualizado. É mais bem visto aquele que tem mais, aquele que consome mais. Trabalhar, ganhar, TER DINHEIRO! E depois, consumir. Trabalhar mais! Ganhar mais! Ter mais dinheiro!! Aaah!!! Consumiiiiiiiiiirrr! Com o tempo, qualquer um cansa e a vontade de querer escapar da sua realidade vai aumentando. Nessa hora o Mercado mostra suas presas, proporcionando entretenimento e válvulas de escape para os saturados, aliviando-os. Em contrapartida, o fruto do seu trabalho é a moeda para a sua distração, já que nada aqui é de graça. Forma-se, então, um ciclo perfeito onde se trabalha, se ganha, se cansa, se distrai, se perde moeda e se trabalha de novo.

Com isso, as pessoas vão querer buscar fuga de realidade e não consciência de mundo. Se a procura por livros já é mínima, a pelos livros que acrescentam conhecimentos aplicados à vida, então, é a menor possível. Elas estão saturadas e cansadas de ter que pensar na realidade, acreditam que o verdadeiro prazer está na fuga dela.

Castro Alves desejava que todos tivessem acesso aos livros. Só que, naquela época, eles eram símbolos de eruditismo e poucos tinham seu acesso. Hoje, o livro está tão desvalorizado que pode ser encontrado inlcusive segurando os pés de uma mesa defeituosa, ou o que seja. Tenho certeza de que o poeta se referia aos livros de forma que proporcionassem uma capacitação crítica nos leitores, aliando PRAZER com CONHECIMENTOS aplicáveis à vida.

Não adianta que todos tenham acesso ao livro se não há entendimento do seu precioso valor. Deve-se disseminar o gosto pela leitura; por aquela que traz conteúdo aproveitável para o intelecto. Instigar a consciência de mundo nas gerações escolares. Quanto menos iluminada uma população for, menos sabida, menos consciente, mais suscetível estará á uma alienação e melhor será para aqueles que se beneficiam dos alienados.

Infelizmente, para muitos, o trabalho e somente o trabalho gera a ascensão econômica. Esquecem completamente da intelectualização e escancaram as portas para a profissionalização. Estão querendo ascender de maneira errada.
A nossa elite econômica e social é composta por pessoas esclarescidas.

Charles Chaplin em “Os Tempos Modernos” traduz muito o que quer dizer profissionalização sem preocupação intelectual; o trabalhador é apenas uma ferramenta para a ascensão das pessoas que estão no topo da pirâmide socio-econômica. A tendência do empregado é ficar abobado e alienado. Para eles, quanto menos esclarecido o trabalhador for, melhor.

É claro que, então, haverá um incentivo à conformação ignorante. “Fast Food e Tv” é o “pão e circo” do século XXI. Mídia e Mercado aliados na busca pelo insaciável ganho de capital. Aos leitores, aspirantes a intelectuais, encha-os de preocupações e sobrecarregue-os, crie necessidades de fuga. Assim, quando sentirem necessidade de ler, será um livro que fuja de sua realidade. Nada que incentive a intelectualização. De esclarescidos, bastam eles, os great-leaders.
Há, portanto – quando há – a busca pelos livros que fogem do que é real – isso quando os programas televisivos de massa não entram em cena para fazer o papel de distração e alívio social -, onde um mundo fantasioso e desejoso envolve o leitor, proporcionando-lhe a distração de que precisa. Nada de consciência de mundo.

Nesse contexto, para os que gostam de ler, o livro é sinônimo de puro entretenimento. Onde está o aproveitamento prático do conteúdo? Para aqueles que não gostam de ler, o livro é sinônimo de penitência.  Será que a era intelectual está perdida?

Atualmente, são poucos os que se interessam por intelectualização, consciência de mundo, do real. Franceses, alemães e os argentinos são muitos desses poucos que vêem nos livros grandes companheiros. E, se nível cultural for determinante para o desenvolvimento de um país, a Argentina certamente será a aprimeira nação desenvolvida da América Latina. Bom é saber que exemplo é tudo de bom.

O mundo é muito maior que o umbigo desse Sistema. É até fácil enxergar isso; difícil é ter a vontade de enxergar. Não podemos ficar acomodados, tendo tamanha negligência. Devemos conhecer e explorar a imensidão desse mundo.
Com o incentivo certo, quem sabe, não? Se a era intelectual está perdida, dê-lhe mapa e bússola.

Dez motivos para não comprar no Carrefour

Com os devidos créditos, eu PRECISO divulgar estas informações. Clique nos links para acessas as reportagens – comprovando que nada disto é “boataria”.

1. Espanca negro que dirige EcoSport.

2. Discriminou os atores de “Cidade de Deus”

3. … mas fez acordo com os traficantes de verdade para “terceirizar” sua segurança.

4. Dizem que agride crianças

5. … e também não gosta de homossexuais.

6. Na França, foi flagrado vendendo carne vencida. E no Brasil também.

7. Comprava roupas de Bangladesh produzidas em condições insalubres.

8. É acusado de matar ladrão de coxinha

9. …e de transformar uma barra de cereal em caso de polícia…

10. …mas já comprou carga roubada dos grandes ladrões.

( Via BOTECO SUJO )

|Ξ|O Paradoxo dos Trigêmeos|Ξ|

Certo dia, três pessoas resolveram nascer.

Tinham os mesmos pais, dividiram a mesma placenta, mamaram do mesmo leite, cresceram juntos e compartilharam das mesmas situações na infância.

Eram trigêmeos típicos.

O primeiro queria ser advogado desde pequeno, então desenvolveu aptidões na área de comunicação. Foi o cara que livrava os irmãos de uma surra após uma bagunça típica.

Por exemplo, convencendo a mãe de que os ovos que estão quebrados e espalhados pela casa foi obra das galhinhas foragidas da granja que fica no setor vizinho; eles só tentaram ajudar na captura de algumas delas.
Definitivamente, esse era o mais argumentativo e criativo dos três.

O segundo queria ser engenheiro desde pequeno, então desenvolveu aptidões na área de planejamento. Foi o cara que arquitetava todas as bagunças típicas. Por exemplo, desde como conseguir os materiais necessários para serrar a árvore que vai cair na casa do vizinho chato que não quis devolver a bola que caiu lá quando brincavam de chutou-quebrou-correu, até em como fazer isso parecer uma tragédia natural.
Definitivamente, era o mais organizado e estratégico dos três.

O terceiro não sabia a profissão que queria exercer. Mas admirava os irmãos que sempre eram tão bons naquilo que tinham aptidão. Queria ser como eles. Seguia-os. Apoiava-os. Observava-os. Ajudava-os. Encobria-os. Foi o cara que tratava das deficiências das bagunças típicas. Às vezes enxergava um buraco nos planos do segundo e tapava-o. Às vezes ajudava o primeiro no livramento dos castigos com algum argumento que desse mais força à desculpa em pauta.
Definitivamente, era o mais observador e analítico dos três.

No começo da adolescência, seus pais se separaram. E, para decidir a guarda dos meninos, foram consideradas muitas coisas. A profissão do pai e da mãe, o tempo para dedicação aos meninos e as aptidões deles, foram algumas delas.

No final, o primeiro foi morar com a mãe, que era secretária de um deputado, o segundo com o pai que era mestre de obra e o terceiro foi para um internato militar. O pai não queria deixar a mãe com dois filhos, e ela, idem. Então o terceiro acabou, aparentemente, “se ferrando”.

No fim das contas, o primeiro virou vendedor de telemarketing, o segundo conseguiu um emprego junto com o pai, e o terceiro virou médico das forças armadas.

Hehe…

Todos sonhamos alto. Miramos sempre no melhor. A melhor profissão, o melhor cargo, etc. Fazemos os nossos planos com base no que há de mais reconhecido.

É claro que ninguém faz planos almejando ser o pior. Mas quem disse que essa profissão é melhor que aquela? Por que uma profissão é menos bem vista que outra? Todas têm a sua importância, não é? Ou então deixariam de existir.

Às vezes, é por causa de certos tipos de preconceitos que um gari, por exemplo, é mal visto, mal pago e considerado João Ninguém. Se enxergássemos que manter as coisas limpas é tão importante quanto manter o corpo e a mente limpos, garis teriam o mesmo status de um médico ou líder religioso.

Seja governante de um continente ou o tio da portaria, todos, perante doença ou morte, são iguais. Na verdade, somos iguais a todo o tempo, mas só percebemos essa igualdade nessas horas.

Se respeitássemos a importância de cada profissão, seja qual for, as pessoas se preocupariam apenas em enquadrar suas aptidões, seguir seus SONHOS, e não seus bolsos ou qualquer outro sacrifício que tenham que passar para serem respeitadas ou bem vistas.

Parece utopia mas, na Austrália, por exemplo, Bem Southall é um simples zelador de uma ilha na Grande Barreira de Corais. Vai ganhar US$ 105,000 só para zelar da ilha.

O dinheiro faz a importância da profissão? Ou a importância da profissão que faz o dinheiro?

3 segundos para pensar.

1…

2…

¬¬

…Tá:

Cuidar do bulldog de um Shake Árabe deve ser mais rentável que cuidar do cão vira-lata e sarnento do seu vizinho.

Cuidar do jardim de uma casa não é tão importante quanto cuidar do jardim de uma ILHA INTEIRA.

A importância faz o respeito, que faz o dinheiro.

Fecho o post com o vídeo que me inspirou.

Hasta luego, muchachos.

Como estragar um ser humano

Todos já devem ter ouvido falar do “caso Maisa”, a apresentadora-mirim do SBT. Para os desinformados de plantão, um resumo: Maisa, uma garota de 7 anos, tem tinha um quadro fixo no programa Silvio Santos chamado “Pergunte para a Maisa”, que é caracterizado pelas respostas politicamente incorretas e desaforadas da menina aos telespectadores e ao próprio Silvio. Neste mês de maio, por dois domingos seguidos, Maisa saiu do palco em prantos, tendo inclusive se machucado na segunda vez. Isto ocorreu por ela ter se assustado com um figurante maquiado de “monstro” em um programa e por ter sido “encostado na parede” sobre o choro do domingo anterior por Silvio Santos.

O Ministério Público entrou com uma ação na justiça para impedir Maisa de realizar novos programas, e foi aberta uma ação civil pública pedindo indenização pelo ocorrido, que pode chegar a R$ 1 milhão. Ainda não foi emitido um parecer sobre o assunto.

Muitos foram à mídia para protestar contra o SBT, apoiando a decisão do MP. Não vou entrar no mérito da questão sobre a validade ou não do processo, vou apenas me ater à situação e suas consequências.

Uma grande questão dos dias atuais é que as crianças são ensinadas desde cedo que elas podem tudo, e não devem nada. Pode-se cuspir nos outros, mas /BIBLE-MODE ON “ai daquele que resolver que uma criança deve ter responsabilidades!” /BIBLE-MODE OFF.

Não quero dizer que devemos revidar nas crianças o que elas fazem de errado. Mas se aproveitar de uma atitude eticamente errada de falta de senso e incapacidade de convívio social saudável – porque a TV brasileira não pode em hipótese alguma ser considerada um exemplo de interação social saudável – é um completo absurdo. O SBT não só expôs Maisa a uma imagem constrangedora para quem está assistindo (e sendo ridicularizado por ela) como para ela mesma, que, numa prova de que ela é apenas uma menina de 7 anos, não pôde se controlar no primeiro revés de seu programa – algo perfeitamente normal para uma criança daquela idade.

Mas não se pode culpar somente o canal de televisão. Maisa só tinha seu programa porque tinha Ibope, porque o brasileiro acha bonito uma criança desmoralizar adultos em cadeia nacional. Por que é interessante para o povo que uma criança não tenha limites, e no primeiro choque de responsabilidade ela ainda saia como vencedora.

Não, senhoras e senhores, não estou dizendo que a Maisa é a vilã. Pelo contrário, ela não tem maturidade para ser qualquer coisa além de vítima – ela é uma criança de 7 anos. O que quero ressaltar é: porque ninguém chamou atenção para a “exposição indevida” da imagem da menina enquanto ela estava indo bem? Foi necessário um choque para o brasileiro entender que aquele quadro não era o lugar de uma criança como Maisa? Será que sempre teremos que esperar alguém morrer para fechar um local perigoso, ou esperar um tubarão devorar um banhista para fechar a praia, mesmo com claros sinais de que algo está muito errado?

A mente das pessoas está cauterizada, e já não discerne o certo do errado. Pensa-se que educar é permitir tudo, e que o NÃO é uma palavra proibida. Pensa-se que as crianças estão cada vez mais precoces, e que elas podem ocupar lugares perigosos para sua falta de maturidade.

Um bom programa – que não vejo mais passar na TV – é o tal de “Super Nanny”, onde pais sem o menor preparo sofriam na mão de seus filhos sem controle por que nunca haviam sido impostos limites a estes. Uma boa premissa – fazer os pais retomarem o controle – e que poderia ter sido replicada à Maisa, pois tenho certeza que os pais dela NÃO tem controle de suas atitudes, já que exploram comercialmente exatamente o oposto disto na TV.

Resumo do POST: Nunca denuncie a peruca (ou qualquer outra parte postiça) do Sílvio Santos em cadeia nacional. A vingança será cruel.

A casa esta caindo…

Redução de imposto de eletrodomésticos e de carros; subsídio do Governo para casa própria. Devemos ficar felizes? Eu acho que não. Devemos é nos DESESPERAR. Imagine só: o que levaria o governo do país com uma das maiores cargas tributárias do planeta abrir mão justamente de… impostos e arrecadação? Isso só pode significar uma coisa: a casa está caindo, o barco está afundando, a vaca está a ponto de ir para o brejo.

Não quero ser um alarmista, só quero esclarecer a situação. É uma excelente forma de lidar com a situação de crise mundial que nos encontramos, nisso temos que parabenizar o governo. Mas não podemos ser ingênuos a ponto de pensar que um governo corrupto passaria a mão na cabeça do povo só pra ele não ser afetado por uma maré de falta de investimentos. Pra chegar nesse ponto, a coisa tem que estar feia, com um buraco no meio.

Estamos todos felizes, alegres e contentes. A dona Mariazinha tá comprando sua primeira máquina de lavar porque agora as ilusões promoções estão de arrebentar – o governo ficou “bonzinho” de repente, como eu ouvi falarem esses dias.

Sei que este momento de loucura mundial vai passar. O que me preocupa é saber como estaremos quando ele realmente tiver ido embora.

Bem, não sei quanto a vocês, mas eu vou aproveitar o momento de desespero do governo e começar a financiar a minha casa própria. Corram enquanto a crise ainda existe para ajudar a nossa vida!

99 não é 100

Conversa curta entre funcionário – competente, diga-se de passagem – e estagiário:

Estagiário: Olha, sobre aqueles programas que você me pediu pra testar no linux, eu não consegui… tem como dar uma olhada, ver como instala eles… ?

Funcionário: Qual é a sua dúvida?

E: err…

F: Qual a mensagem de erro?

E: err…

F: Como eu posso te ajudar se você não tem dúvida?

E: Mas… não tem jeito de olhar aqui pra mim como que faz?

F: Se fosse pra eu fazer eu não tinha te pedido.

E: …

F: Volta lá, tenta instalar, LEIA a mensagem de erro, pesquise na intenet, e se tiver uma dúvida definida e direcionada, que não consiga resolver nos fóruns, me pergunte.

Estagiário sai cabisbaixo, chutando pedrinha, sem entender que acaba de aprender uma das grandes verdades da vida: já que você não nasceu quadrado, se vira sozinho!

A máxima da empresa em que trabalho é a seguinte: 99 não é 100. De nada adianta seu grande esforço, um trabalho muito elaborado ou uma apresentação perfeita; se você concluiu 99% da tarefa, mas faltou 1% dela, então nada feito: a dinâmica da vida é como um código binário, 0 ou 1, ou funciona ou não funciona. Simples assim.

Ficamos mal acostumados com a escola ou faculdade, quando temos uma média 7 ou 8 pra passar de ano. Se você atingir a média, se o professor for com a sua cara ou se você conseguir esconder um Bug no seu programa, você passa de ano. Mas experimenta fazer isso na VIDA REAL…

Tá com peninha do estagiário? Bem-feito pra ele! Tem salário sem descontos, tem folga (férias, poderíamos dizer), não pode ser responsabilizado por nada e ainda é pago pra aprender! Aonde você acha um emprego desses?

Brasileiro é muito mal acostumado. Se dá pra fazer de qualquer jeito, então, por que não? Empurremos com a barriga! Pra quê fazer um curso de 3º Grau de qualidade, todos vão sair dali tão imbecis quanto entraram mesmo! Pra quê se esforçar pra ensinar a pessoas que dizem depois que “meu final de semana é meu!” enquanto a casa tá caindo por todos os lados, seja no trabalho ou na faculdade, na família ou onde mais for?

Falta domínio da vontade. Tudo vem muito fácil, então se desacostuma a lutar por um objetivo. E torno a repetir: 99 não é 100. Se você não fez 100% então não atingiu seu objetivo. E se não está disposto a chegar nos 100%, então sai da internet e vai assistir a novela das 8 da Rede Globo, seu estagiário sem futuro!

*Após publicar este Post, BraMax teve um ataque de nervos e foi internado numa clínica de repouso, com estafa.